Muito já se ouviu falar, mas poucas pessoas sabem de fato o que é esquizofrenia.
Talvez, você possa estar passando por alguma dificuldade com um ente querido e não sabe o que fazer.
Para entender tudo sobre o que é esquizofrenia, criamos este artigo para sanar suas dúvidas e te ajudar no que for preciso.
Leia mais e descubra o que fazer em casos de pessoas que sofrem de esquizofrenia.
Resumidamente, podemos dizer que esquizofrenia se trata de um transtorno psiquiátrico grave, em que há alterações importantes no comportamento, pensamento, percepções e contato com a realidade.
No geral, a apresentação clínica é heterogênea, ou seja, cada paciente tem sintomas diferentes e evolui de forma distinta.
A boa notícia é que alguns pacientes se recuperam completamente, enquanto outros podem ter perdas duradouras.
As causas da esquizofrenia permanecem desconhecidas. No entanto, várias hipóteses foram propostas; muito provavelmente, a esquizofrenia resulta de fatores genéticos que desencadeiam mudanças complexas na química e na estrutura do cérebro.
Pesquisas mostram que as pessoas com esquizofrenia apresentam alterações na função e na anatomia do cérebro.
Porém, ainda não foi estabelecido com certeza se a esquizofrenia é uma entidade única ou se agrupa várias síndromes com diferentes causas.
Alguns especialistas acreditam que esse transtorno é desencadeado por fatores de estresse (ou seja, uso indevido de substâncias, eventos estressantes da vida) em pessoas com cérebros predispostos.
Normalmente, os sintomas iniciam em média na faixa etária entre 15 e 35 anos, com um pico aos 17 e outro pico aos 24, nos homens.
Já em mulheres, tem o início de adoecimento mais tardio, em geral dos 20 aos 40 anos.
Há uma discreta predominância de homens com esquizofrenia, mas não é uma regra.
Apesar de existirem alguns sintomas iniciais, a doença raramente é descoberta desde o princípio, dificultando o tratamento precoce e a recuperação deste paciente.
A priori, os sintomas se dividem em três tipos principais:
Dessa forma, o paciente pode apresentar uma mistura de cada um. Contudo, cada grupo de sintomas também tem uma resposta diferente ao tratamento.
São os sintomas mais conhecidos e incluem as alucinações, delírios e alterações psicomotoras.
As alucinações são percepções erradas a respeito da realidade, e podem ser auditivas (mais comum) ou visuais (mais raro).
O exemplo mais comum de alucinação auditiva é escutar vozes. O paciente que escuta vozes pode ter comportamentos diferentes ou peculiares, como conversar sozinho, olhar para direções aleatórias, ficar distante.
Assim, para a pessoa que está passando por esse problema, essas vozes são tão reais quanto à minha ou a sua.
Às vezes, elas podem até pedir que a pessoa faça alguma coisa (vozes de comando), como sair de casa, queimar objetos pessoais ou se esconder, etc.
Dessa forma, os delírios são ideias fixas e incorretas sobre a realidade que não podem ser mudadas. Não adianta tentar convencer a pessoa, ela não vai acreditar.
Existem muitos tipos de delírio e os mais comuns são o de perseguição, grandeza, místico, somático e de referência.
As alterações psicomotoras também são consideradas sintomas positivos, e incluem tanto a agitação quanto a lentidão psicomotora.
A lentidão psicomotora no extremo pode chegar a um problema conhecido como catatonia, em que a pessoa praticamente não se move.
Esses sintomas dificultam que o paciente realize atividades corriqueiras e pode impedir que ele tenha uma vida normal.
Incluem a diminuição das emoções e afeto, a perda da vontade, o baixo desejo de se socializar, a falta da sensação de prazer e a dificuldade de pensar e se comunicar.
Esses sintomas são muito incapacitantes, pois quando o paciente começa a apresenta-los, pode ficar muito apático, quieto e retraído.
São sintomas que afetam diretamente o pensamento e as funções cognitivas como memória, atenção, concentração, aprendizado.
O pensamento pode ficar muito desorganizado, chegando a ser incompreensível.
A atenção e memória podem ser comprometidas a ponto de o paciente não conseguir se lembrar de fatos corriqueiros ou triviais.
Em suma, a esquizofrenia costumava ser classificada em alguns tipos, com sintomas e um tipo de apresentação e evolução diferentes.
Essa classificação ainda consta na Classificação Internacional de Doenças 10 (CID10), mas não no Manual de Desordens Mentais V (DSM-V).
De todo modo, são categorias importantes que ajudam a ilustrar um pouco da doença.
É um dos subtipos mais comuns. O elemento central é a presença de pensamentos paranoicos e um delírio persecutório.
A pessoa se sente observada, perseguida e em perigo constante. Pode achar que estão tramando contra ela. Geralmente ocorrem poucos sintomas negativos e cognitivos.
O prejuízo é principalmente no afeto, que passa a ser muito instável. A pessoa tem pensamentos e comportamentos infantis, além de grande dificuldade de se controlar e inibir.
Os delírios e alucinações são passageiros. A pessoa fica imprevisível e parecida com uma criança. Pode haver agitação psicomotora.
O aspecto motor é que costuma ser gravemente afetado nesses casos. Há muita apatia, os pacientes, às vezes, podem passar horas parados na mesma posição.
Pode haver ainda recusa em se alimentar, beber água, ou se sentar por exemplo.
Esse tipo de paciente apresenta sintomas negativos intensos, fica muito quieto, sem iniciativa, isolado, sem conseguir resolver problemas práticos ou se interessar por qualquer assunto.
É comum que pacientes com muitos anos de doença desenvolvam esse tipo de quadro clínico.
Quando os sintomas são predominantemente negativos, sem sintomas positivos iniciais.
É um diagnóstico incomum, e praticamente não são encontrados mais casos assim hoje.
Há casos que não se encaixam com precisão em nenhum dos tipos descritos acima.
Esses podem ser classificados como indiferenciados.
O surto psicótico é único, pois cada paciente pode apresentar sintomas de forma muito diferente.
Até o mesmo paciente pode ter psicoses com sintomas diferentes ao longo do tempo.
Apesar disso, a ruptura com a realidade sempre ocorre, e essa experiência é traumática e angustiante.
Imagine se de repente, você não soubesse mais o que é verdade, e o que não é.
Aceitar o delírio da pessoa, não significa que você está concordando, apenas que você entende que não é possível convencê-la naquele momento.
Demonstre que você o compreende e o quanto está sendo difícil e doloroso lidar com todas essas mudanças.
Isso vai ajudar a pessoa a ter mais confiança em você. É fundamental que você procure auxílio médico nesse momento (clique aqui para saber mais).
A esquizofrenia, infelizmente, é uma doença que ainda não possui cura.
Mesmo assim, existem tratamentos que podem amenizar os sintomas e fazer com que o paciente possa ter uma vida mais próxima do normal e conviver melhor em sociedade.
Os principais medicamentos utilizados são os chamados antipsicóticos.
Todos eles têm uma boa eficácia para os sintomas positivos, mas nem todos são tão bons para os sintomas negativos e cognitivos.
No geral, o paciente esquizofrênico não é capaz de alcançar um diagnóstico sem a observação das pessoas que convivem ao seu redor.
Como citado acima, dentre seus sintomas mais comuns, ocorre uma certa confusão e distorção da realidade.
O desenvolvimento do insight, a capacidade do paciente de perceber a própria vida e a si mesmo é fundamental para garantir a adesão ao tratamento.
A psicoterapia também é fundamental, pois pode auxiliar na construção desse insight.
Atua também em vários outros problemas relacionados ao adoecimento, desde à reconstrução de vínculos e habilidades sociais, até a resolução de problemas e aumento da autonomia.
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