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Como identificar os sintomas do luto - Dr. Aníbal Okamoto

Como identificar os sintomas do luto

Escrito por Doutor Anibal em 6 de maio de 2021

Como identificar os sintomas do luto

O luto é um tema que tem sido bastante tratado em decorrência da pandemia. Muitas vezes as pessoas podem começar a se perguntar: “será que meu luto está começando a virar depressão?, “como que eu posso controlar meu luto?”. É normal sentir tudo isso, mas até um certo ponto. Por isso, eu vou comentar aqui com vocês quais são os tipos de luto e quando você precisa ligar o alerta em relação a esses sintomas.

O processo de luto normal. A morte e o adoecimento ainda são temas considerados tabus pela sociedade. É preciso entender que esse processo é normal para reentrar passar por ele com mais tranquilidade.

O processo de luto considerado “normal” é aquele em que a pessoa entende, compreende e aceita a perda de um ente querido e consegue adaptar a vida sem aquela pessoa. Esse processo é doloroso. Atenção! Se você perdeu um ente querido e você não está se sentindo triste ou não está sentindo nada é um sinal de que talvez você ainda não esteja vivenciando o luto de forma completa. Porque é impossível alguém perder um ente querido e não sentir nada. Alguns sentimentos vão aparecer como tristeza, dor, pesar, perda, sentimento de vazio e de falta. O luto é justamente o processamento dessas emoções e o rompimento dessa relação para que você consiga se despedir dessa pessoa, mas é importante seguir a vida, sem tirar toda a referência que a pessoa que faleceu merece, de uma forma que não comprometa a continuidade da sua vida. Esse é o processo que precisa acontecer. O luto,
de forma semelhante ao rompimento amoroso, não tem como ser um processo que você não sinta nada e que sai em ileso. Caso isso esteja acontecendo é necessário ligar um sinal de alerta.

Outro tipo de luto que pode acontecer é quando a pessoa que perde o ente querido já não está se sentindo tão bem, com alguns sintomas de depressão e ansiedade, mesmo que em pequena escala, e mesmo depois do processo de luto, a pessoa pode de fato começar a ter episódios depressivos ou transtorno de ansiedade.

O luto pode agravar sintomas que já existiam e levar a pessoa a ter outros.

Pode acontecer de uma pessoa estar relativamente bem e depois de uma perda entrar em um processo depressivo de fato. O ponto importante é: avalie qual o nível de intensidade dessas emoções e principalmente a continuidade de como isso pode afetar a vida da pessoa, nas atividades habituais, por exemplo.

É normal se sentir triste, se sentir indisposto e não consiga fazer as atividades habituais, mas depois de um tempo isso, em geral, vai ter uma melhora. Caso a pessoa comece a ficar muito persistente nesses sintomas, por exemplo, se depois de 15 dias, a pessoa está profundamente triste, às vezes muito mal, sem conseguir fazer nada do que realizava anteriormente, está com dificuldades até em sair da cama, é importante fazer uma consulta, procurar um auxílio médico para ver se isso pode ter evoluído para um episódio depressivo ou algum outro tipo de problema.

Um outro diagnóstico pode ser o luto patológico. Esse luto atualmente, e por conta da pandemia, ele pode não ser, tão frequente, mas ainda é importante falar sobre ele, porque o primeiro ponto para se ter esse diagnóstico é ter sintomas de luto por mais de um ano em adultos em crianças por mais de 6 meses. Esse processo de luto, acontece quando a pessoa ainda pensa muito no ente falecido ou às vezes sente uma saudade muito grande, ou às vezes começa a ter pensamentos de que quer morrer para ir se encontrar com a outra pessoa. Ou muitas vezes a vida passa a girar em torno ali daquele ente querido, daquela pessoa que faleceu. Essa questão do luto patológico é um agravamento do luto normal, por isso, requer muita atenção.

O luto em sim, não é um processo fácil. Não estou aqui para julgar e sim, trazer informações que caso seja uma situação que aconteça com você ou com algum familiar, que você possa de algum modo reconhecer isso e procurar auxílio médico de um psiquiatra.

CRM-DF 17.813
Acredita na importância da escuta acolhedora, do vínculo e da confiança como fios condutores do processo terapêutico.

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